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22/09/2015

Quero paz!

 As lágrimas começaram a rolar, sem controle, sem discrição. A verdade dói mais quando dita em voz alta.
Trancada no meu quarto, adapto meus pensamentos e planos a uma nova realidade, uma realidade de mudanças.
Entretanto, eu não posso ser melhor. Eu não sou melhor, mas quero mostrar o contrário porque palavras simples me atingiram –me destruíram. Quero o controle da minha dor. Quero as mentiras que me protegem do mundo.
E, talvez, queira também a morte.
Eu a quis segundos após olhar-me no espelho ao acordar. Eu a quis durante o café da manhã. Eu a quis antes de entrar na escola e principalmente: eu a quis assim que sai de lá. Porém não quero os meus últimos dias em um hospital.
Quero-me leve, livre.
Quero corpo e mente sem peso, Quero paz.
Quero que as pessoas sintam bem mais que pena de mim, quero uma nova vida, novos costumes, quero me amar mais... talvez eu queria apenas mudanças.Contudo, os dias desenvolvem-se em tormento: não há mais forças para sair da cama, para ver a vida. Não há mais forças para persistir nessa ambição.
Penso em desistir, mesmo tão perto, mesmo desejando menos.
Aceito conselhos, aceito indicações.
Apenas aceito sem pensar, sem saber o que.
Apenas aceito pois estou cansada demais para contestar. Porque quero ajuda. Porque quero abrir os olhos.
Apenas aceito, sem querer aceitar.
E então, por alguns minutos, eu sou feliz: ultrapassei o antigo limite, ultrapassei o objetivo.
Eu sou forte. Eu consigo ir além. Eu sou o suficiente.

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